Desde a sua primeira aparição em 1996, Tawna foi alvo de muitas críticas. A personagem era uma espécie de namorada de Crash, retratada com traços sexuais explícitos, que acentuavam suas curvas e seus lábios carnudos. Ela possuía pouca autonomia no jogo, sendo sempre resgatada pelo herói.

Com o passar do tempo, a polêmica em torno de Tawna se aprofundou. Alguns jogadores viam a personagem como uma representação negativa das mulheres, que reforçava estereótipos sexistas sobre as mulheres, enquanto outros a entendiam como uma simples personagem de jogo.

Em 2017, Tawna retornou em sua nova versão em Crash Bandicoot N. Sane Trilogy. A personagem foi retrabalhada, tornando-se menos sexualizada e mais autônoma no jogo. Ela também ganhou uma nova personalidade, assumindo um papel mais ativo e menos dependente de Crash.

A mudança em Tawna foi bem recebida por muitos jogadores, que elogiaram a atualização da personagem como exemplo de representação positiva das mulheres em jogos de vídeo game. A crítica especializada também elogiou o jogo, destacando a habilidade de Tawna em ajudar o herói a salvar o mundo.

No entanto, nem todos aprovaram as novas mudanças em Tawna. Alguns jogadores afirmaram que a remoção dos seus traços femininos mais explícitos havia tirado o charme que fazia da personagem interessante.

Em suma, a volta de Tawna em Crash Bandicoot 2017 gerou um intenso debate sobre a representatividade de personagens femininas nos jogos de vídeo game. A polêmica em torno da personagem evidencia a necessidade de se discutir a inclusão de personagens femininas e outros grupos minoritários nos jogos de vídeo game, para que eles possam representar melhor a diversidade de suas audiências.